Eu sou assim, vou vivendo. Penso no hoje e no amanhã. Naturalmente ainda tenho medo do futuro, como bem me ensinaram "e daqui a 20 anos? Sempre busque segurança na vida", mas como um bom teimoso independente eu só deixo esse medo me incomodar em momentos que o dia está nublado e a brisa é tão fraca que o barco está abaixo da deriva, está parado. É nesse momento que se pega o remo e se brinca de girar em torno do eixo para ficar tonto.
Assim como Buda, que em sua posição de lótus está firme em sua meditação, eu fico mergulhado num mar de informações e pessoas que me trazem ao mundo, muito real ou a mais perfeita ilusão, o que não tem lá tanta diferença.
Penso como um mescla de monge moderno. Que está no mundo com perfeita consciência do seu redor, olhando para frente e indo, sentindo o que o mundo tem a oferecer, sentindo seus cheiros, ouvindo seus ruídos, mas sempre no seu lugar de relativo observador que apenas está lá catalogando a vida e a mudando quando se pode, por conveniência mesmo, sem falsa modéstia ou hipocrisia.
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