sábado, 21 de julho de 2007

Sobre (des)conhecer as pessoas

Quando se conhece alguém, têm-se um ‘processo mental’ em que estabelecemos ‘marcas’ da pessoa. Tiques, costumes, estilos e outra infinidade de coisas que te indique a pessoa.

Essas ‘marcas’ ficam memorizadas. O simples fato de ver aquela fisionomia parecida já te leva a lembrar experiências e expectativas em relação à massa de carne, ossos e nervos a frente.

O problema se encontra exatamente quando se passa algum tempo longe da pessoa e esta muda, ou algum evento aniquila drasticamente as expectativas. Minando todo o ‘esquema’ que você possui do sujeito.

Então, todos os meus esquemas estão se aniquilando, um papo rápido destruiu uma das imagens da minha mente. Uma simples mensagem respondida com uma negação e no final um “enfim, velhos tempos” me fez perceber isso.

Tenho que levar em conta sempre foi um tanto enigmática, de um mundo diferente e fechada em relação à minha pessoa, mas mesmo assim, “velhos tempos” dá uma impressão de não saber nada sobre a pessoa recente. Choca a nova pessoa que eu desconheço com aquela que meu racionalismo já tinha esquematizado e cai no limbo, pois a ex-pessoa não passa de um parâmetro com utilidade não tão confiável e a nova é uma incógnita, quando no fim o nome dela nada mudou.

Isso tudo somado com a minha frustração de não conseguir achar nada na nova pessoa para poder reformula-la termina deixando uma angústia sobre o vazio que ficou no lugar que a pessoa tinha em mim.

Resta só esquecê-la, a opção mais difícil, pois querer esquecer não existe, me adaptar a situação ou reestruturá-la a partir de novos dados.

Um comentário:

Gabriel Carvalho disse...

caralho descente
me lembrou de vcs ai da cardeal mesmo
onda